A saber, a Tempestade Filomena entrou para a história por estar associada à uma das maiores tempestades de inverno das últimas décadas. Em regiões como Madrid, a neve acumulou, por fim, com temperaturas negativas extremas.
A princípio, Filomena é o nome que AEMET, a Agência Meteorológica Estadual da Espanha, deu à tempestade que avançou com uma sequência de nevascas, com o recorde histórico em grande parte do país. A origem desta situação remonta, todavia, ao desenvolvimento de um sistema de baixa pressão próximo à costa do Canadá.
Em primeiro lugar,este sistema cruzou grande parte do Atlântico para o sudeste auxiliado por uma poderosa corrente de jato. Em seguida, atingiu o arquipélago da Madeira em Portugal, com ventos e chuvas fortes. Depois foi a vez das Ilhas Canárias com condições semelhantes.
Logo após, a tempestade começou a se estender sobre a Península Ibérica com ocorrência de neve nas áreas central e oriental, e chuvas significativas no sul da Andaluzia. Posteriormente, o sistema de baixa pressão se aproximou do sudoeste e espalhou à frente uma frente quente na qual a neve estava se desenvolvendo.
Uma situação extraordinária na Espanha
Quedas de neve associadas a frentes quentes foram persistentes. Neste caso, grande parte da Espanha está sob a influência do ar muito frio do Ártico há semanas. Filomena atingiu latitudes subtropicais e fez com que o ar mais quente e úmido de origem atlântica se movesse do sul sobre a frente quente, elevando-se acima da massa de ar muito fria.
Em consequência, e somados à outros elementos associados à circulação dominante, fizeram com que as principais ameaças se dividissem em duas regiões. O extremo sudoeste da Andaluzia com fortes chuvas e tempestades e as áreas central e oriental com nevascas.
Mas talvez a pior parte foi nos dias após a nevasca. A cobertura de neve ajudou a gerar resfriamento extremo com redução na ordem de -12°C. Assim, o cenário gerou uma enorme quantidade de gelo, já que a neve levará muitos dias para se liquefazer. Isso causou uma interrupção significativa na rede viária e na mobilidade em geral.
Tempestade Filomena deixa imagens inesquecíveis
A imagem deixada pela grande nevasca gerada pela Tempestade Filomena foi no mínimo preocupante. O exército teve que resgatar cerca de milhares de carros nas estradas de Madrid. Por fim, 430 estradas da rede principal e mais de 50 da secundária permaneceram bloqueadas pelas fortes nevascas.
O aeroporto internacional de Barajas, em Madrid, fechou toda a operações e, vários voos tiveram de ser desviados. O serviço ferroviário, ficou paralisado, e o sistema de ônibus da cidade na mesma situação. Era impossível circular pela cidade.
Alguns motoristas tiveram que permanecer em seus carros por mais de 12 horas com sensação térmica abaixo de 7 graus negativos. Viajar alguns quilômetros era uma terror para muitas pessoas que durante a madrugada tentavam voltar para suas casas. Em conclusão, Filomena desmorona em grande parte da Espanha com muitas províncias em alerta vermelho e com Madrid, a capital, totalmente paralisada.
” Após 2 meses e meio do início da Tempestade Filomena, tudo volta ao normal. ” Diz: nosso amigo e correspondente, Juan J. Santos, embaixador da Espanha.
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